Halitose – Como acabar com o mau hálito

É fundamental, antes de iniciar o tratamento, da halitose ou mau hálito, fazer
o diagnóstico etiológico, para determinar a causa. As causas podem ser diversas, entretanto, a maioria dos casos, cerca de 90 a 95% ocorrem por desordens na cavidade bucal, sendo a mais comum a placa bacteriana. São fatores desencadeante da halitose a má conservação dos dentes, inflamação das gengivas, abscessos, menor produção de saliva, ressecamento da boca, decorrente de jejum prolongado. Os demais casos – extra-bucal – de 5 a 10 % a outros fatores: quadro inflamatório nas vias aéreas, as doenças gastrointestinais, sistêmicas ou metabólicas, tabagismo, consumo excessivo de álcool, ingestão de certos alimentos. Profissionais de diversas especialidades da Odontologia explicam como evitar e tratar a Halitose.

 

A halitose costuma não ser percebida pelo portador do distúrbio, no entanto, mas chega a provocar repulsa nas pessoas do seu relacionamento. É possível medir o grau da halitose utilizando aparelhos como o halímetro. Existem alguns modelos portáteis que permitem aos pacientes controlar a intensidade do distúrbio. A halitose não é uma doença, mas um sintoma de que algo não vai bem no organismo. Por isso, destacam os especialistas, é fundamental determinar a causa do odor desagradável na boca, para introduzir o tratamento que, ás vezes, pode exigir a participação de especialistas em diferentes áreas. Na maioria das vezes a halitose é controlada com uma boa higiene bucal, remoção da saburra e enxagues com produtos específicos. Entretanto, o mau hálito pode ser sintoma de doenças ou disfunções importantes e neste caso é fundamental procurar ajuda profissional.

 

linda_editUm dos fatores causadores da Halitose é a cárie, principalmente as extensas e abertas. O alerta é da Dra. Tatiana Gonçalves – que atua como Endodontista. Segundo ela, nestes locais os alimentos podem ser acumulados e geralmente não são totalmente removidos no momento da higiene bucal. Quando a cárie é profunda pode atingir a polpa dentária, provocando as pulpites (inflamações da polpa) e possíveis focos de material purulento por infecções pulpares.
“O odor é muito desagradável e é por este motivo que há o mau hálito. A única solução é tratar aquele dente que está causando esta complicação. Isso se resolve fazendo o tratamento da remoção dessas cáries ou o tratamento Endodôntico (canal)”, explica Dra. Tatiana Gonçalves, recomendando como prevenção a visita regular, a cada 6 meses, ao Cirurgião-Dentista.

Borin Neto color_edit

 
De acordo com Dr. Antonio Borin Neto – especialista e mestre em Ortodontia, especificamente na sua especialidade a halitose está ligada diretamente a escovação, o paciente que usa aparelhos fixos e quanto mais aparelhos a situação fica ainda mais delicada. “O paciente precisa escovar sempre após cada refeição, tanto as principais quanto as fora de hora ou complementares, nas principais não deixar de escovar também a língua”, recomenda Dr. Borin Neto.

 

edme.2_editDe acordo com a cirurgiã-dentista – Dra. Edme Mello, que atua como Odontogeriatra, a halitose é bastante frequente no paciente idoso, devido a vários fatores, como: xerostomia fisiológica, alterações neuromusculares que causam dificuldade de mastigação, articulação, deglutição, e também higienização, presença de doenças sistêmicas, como diabetes; ingestão de medicamentos que alteram a qualidade e quantidade de saliva, respiração bucal, apnéia do sono, etc.“O enfoque deve estar principalmente no controle da automedicação, ingestão de água e orientação sobre higiene e alimentação.” salienta Dra. Edme Melo.

 

regisO implante é hoje a mais frequente escolha para casos de perda de dentes e a sua permanência na boca depende da manutenção feita pelo paciente, envolvendo uma adequada higienização, orienta Dr. Regis Peporini – especialista em Implantodontia. Segundo ele, o mau hálito pode ocorrer não devido ao implante e sim por uma má higienização. A higienização do implante pode ser complementada com escovas interdentais, que possibilitam a limpeza da região entre os dentes e a gengiva sem traumatizar os tecidos e os implantes, explica o implantodontista. “O descuido com a higiene dos implantes pode causar não só halitose, como o surgimento de doenças peri-implantares, reações inflamatórias ao redor dos implantes, além de comprometê-los, podem afetar a saúde como um todo”, alerta Dr. Regis Peporini.

 

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